A vivência da amputação não é restrita ao amputado, mas extensiva à seu ambiente familiar e social. Tem-se por um lado o amputado, que na fase inicial de seu retorno para casa necessita de cuidados específicos e de um suporte emocional efetivo e por outro, a família, que o recebe e precisa ter condições para atendê-lo adequadamente. A dinâmica familiar é alterada e deve ser reajustada à nova condição do amputado.
A família tem papel fundamental na recuperação da pessoa amputada e exerce uma influência positiva sempre que além de propiciar as devidas adaptações no ambiente, o acolhe efetivamente, fornecendo o apoio, cuidados e afeto. Dependendo de como estas relações se estabelecem, aquele sentimento inicial de ser um “peso”, “estorvo” para os familiares, vai se modificando com o tempo, passando a prevalescer o de pertença e amor, com profundo reconhecimento e gratidão. Muitos amputados relatam ter no abraço a forma mais sublime de carinho recebido.
A manifestação de aceitação e afetividade, é esperada e deve ser resgatada pelo grupo social do amputado. Muitas pessoas deixam de visitar o amputado dizendo que não sabem o que dizer ou fazer e temem deixá-lo pior, afastando-se, o que causa dor para ambos. Ao amputado é importante que não associe a ausência de visitas a descaso ou falta de afeto. A dificuldade dos amigos é real. Aos amigos, entretanto, cabe entender que o simples contato, direto ou indireto, de forma natural, pode fazer grande diferença. Fazer proposições afirmativas nas visitas, saber silenciar quando convém, disponibilizar-se a ajudar e propiciar um ambiente descontraído, é simples e possível. É importante lembrar também que amigos e colegas de trabalho fornecem além do suporte social-afetivo, o suporte do tipo instrumental, na medida em que auxiliam a pessoa em seu retorno ao trabalho, posteriormente.
O apoio de terceiros e a demonstração de afeto, são facilitadores nos processos de auto-aceitação, aprendizagem e recolocação da pessoa no mercado de trabalho, na medida em que contribuem com seu fortalecimento e incentivo. Lembrar que um gesto, uma palavra, um olhar, um abraço, e acima de tudo, a presença, podem significar a diferença entre seguir em frente ou paralizar, para aquele que recebe. Não economizemos pois a presença, o afeto por um lado e não nos privemos dela, por outro.
Por: Mirtes Menezes, Psicóloga e Mestre em Educação. Conheça as palestras de Mirtes Menezes. Clique aqui





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